Mudar o processo educacional
brasileiro exige grande esforço, ainda mais em um País que teve um despertar
tardio para a importância da educação em seu desenvolvimento.
O esforço é
conjunto, pois, na educação básica, o sistema funciona em regime de colaboração
entre a União, Estados, Distrito Federal e municípios. Cada Estado e cada
município tem autonomia de seu sistema de ensino, cabendo à União estabelecer
diretrizes e apoiar técnica e financeiramente os entes federados na cruzada
pela educação com mais acesso, garantindo ao estudante uma trajetória regular e
de qualidade.
Em outra
dimensão, o esforço é conjunto porque envolve uma gama de atores: professores,
gestores, os demais profissionais de educação, as famílias, os estudantes e a
sociedade. Sabemos que as políticas públicas educacionais surtem efeito em
médio e longo prazo. O investimento na construção de escolas de educação
infantil trará retorno para o Brasil daqui a 20 anos. Isso porque uma criança
que tem acesso a essa escola terá mais chance de concluir a educação básica na
idade própria e de se tornar um profissional mais qualificado.
Por isso
devemos enxergar os dados do Censo da Educação Básica de 2013 com dois olhares.
O primeiro é o de que ainda temos muitos desafios pela frente. O segundo, o de
que devemos destacar os bons resultados dos esforços conjuntos. Eles mostram
que a educação básica no país avançou.
O crescimento
de 7,5% nas matrículas das creches está associado a uma política de
financiamento, por meio do Fundeb, e de investimento em infraestrutura para
receber esse público. O governo federal tem como meta contratar a construção de
6.000 creches até o final deste mandato da presidenta Dilma, e o que foi feito
até agora já permitiu que o atendimento aumentasse 73% de 2007 para 2013.
No ensino
fundamental, a redução de matrículas significa que o fluxo escolar melhorou.
Outra boa notícia é a ampliação da educação em tempo integral. De 2010 para
2013, houve um crescimento de 139%, com o número de matriculados saltando de
1,3 milhão para 3,1 milhões. Só no ano passado, esse aumento foi de 45%. É
importante ressaltar que, dos 3,1 milhões de matrículas, 3,07 milhões foram na
rede pública. O MEC (Ministério da Educação) tem repassado, em média, R$ 2
bilhões por ano para a ampliação da jornada escolar.
A partir do
programa Mais Educação-Educação em Tempo Integral, que se revelou uma
estratégia bem-sucedida do MEC para a implantação da jornada integral nas redes
públicas, podemos acreditar que é factível a meta do Plano Nacional de Educação
– que espera aprovação no Congresso Nacional – de termos 25% dos alunos em
tempo integral nos próximos dez anos.
Na educação
profissional, saímos de 780 mil matrículas em 2007 para 1,44 milhão em 2013, um
crescimento de 85%. Para isso, diversas políticas e ações foram determinantes.
A expansão das redes federal e estaduais de educação profissional, científica e
tecnológica foi uma delas. Outra foi o Pronatec, prioridade do governo da
presidenta Dilma, que chegará ao fim deste ano com 8 milhões de matrículas, sendo
2,4 milhões no ensino técnico.
Após a
inclusão recente de milhões de estudantes, o ensino médio tem hoje novos
desafios. O aperfeiçoamento do currículo e a formação de professores são pontos
que já estamos enfrentando. O avanço passa também pela possibilidade de
profissionalização, oferecendo aos jovens, além da escolarização, qualificação
para o trabalho.
O Censo
mostra que as políticas públicas estão dando resultados, mas nos desafia a
avançar na busca da melhoria da qualidade da educação para garantir o
desenvolvimento sustentável do País.
Fonte:
Disponível em: http://www.brasil.gov.br/educacao/2014/03/ministro-faz-raio-x-da-educacao-basica-no-brasil
Acessado em: 23-04-2014.
A educação básica brasileira, se pararmos para pensar, está sim mudando para melhor comparando os anos e séculos passados. Mas, ainda existe muito chão pela frente para chegarmos ao topo de uma melhor educação.
ResponderExcluirSe caminhamos todos juntos ,governantes pais ,professores e alunos ,a educação no Brasil tem grandes chances de mudar para melhor.
ResponderExcluirPrecisamos entender e reconhecer que a rede educacional brasileira precisa de uma transformação inédita para que seu funcionamento ganhe uma renovação. Com isso, modelos novos no sistema venha trazer mais ainda credibilidade para a classe estudantil e todos que nela confia, só assim, melhores resultados venham a surgir e a educação ganhe forças para desenvolver no seu processo de aprendizagem.
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