1 – Usar de modo eficiente o
tempo em sala de aula
Muitas das medidas que poderiam causar grande transformação
na sala de aula não acarretariam em gasto algum. Usar de maneira eficiente o
tempo em que alunos já estão na escola é uma delas.
Estudo do Banco Mundial divulgado no ano passado, realizado a
partir da observação in loco de pesquisadores da instituição, mostrou que
apenas 66% do tempo de sala de aula no Brasil é gasto efetivamente com o
ensino.
Outros 34% são desperdiçados com atividades burocráticas,
como chamada, a cópia de deveres de casa ou pedindo disciplina. A cota de
“desperdício” em países da OCDE é de apenas 15%. Usar sabiamente o tempo em
sala de aula é uma das mais baratas e eficientes maneiras de melhorar a
educação no Brasil.
2 – Abandonar ideia de que só
vale agir com mais dinheiro
Virou moda no Brasil pensar que os problemas da educação só
serão resolvidos se houver muito mais dinheiro para o setor. Nesta linha, a
principal bandeira da União Nacional dos Estudantes e de alguns parlamentares é
a destinação imediata de 10% do PIB para a educação.
O país que mais investe no mundo hoje, a Islândia,
despeja apenas 7,8% de sua riquezas.
“É um fetiche por um número redondo”, afirma Gustavo Ioschpe,
economista especialista em educação.
O problema real desta ideia é que causa uma aparente paralisia
dos envolvidos para as melhoras que podem – e devem – ser efetuadas agora.
Enuanto a agenda quantitativa é perseguida com lobby no Congresso, a
qualitativa fica esquecida por professores e gestores que compram a ideia de
que só mais verba pode melhorar a educação no Brasil.
3 – Universalizar a educação de
verdade
Nas últimas duas décadas, o Brasil quase conseguiu
universalizar a educação pública em um processo notável e propalado pelos
governantes de plantão.
A palavra universalizar, no entanto, esconde ainda um
montante de 3,8 milhões de crianças e jovens entre 4 e 17 anos fora da escola,
segundo dados do Movimento Todos pela Educação.
O problema é concentrado no universo de crianças entre 4 e 5
anos e jovens acima de 14 anos. No meio deles, a educação é quase
universalizada. Rumo a uma educação de qualidade, o Brasil deve avançar mais.
4 – Reformular o Ensino Médio
Do estado periclitante da educação brasileira, nenhum é tão
ruim quanto do Ensino Médio. Entre as notas do Índice de Desenvolvimento da
Educação Básica (Ideb), a do ensino médio é a mais baixa: 3,1, de 10.
Parte das pessoas culpa o número de disciplinas ensinadas aos
estudantes, 13; a outra, a maneira enciclopédica, que tenta ser passada de
maneira mais profunda que o necessário.
Escreveu
em um blog um aluno bolsista da Fundação Estudar, quando
estudava nos Estados Unidos: “Aqui o aluno não tem que aprender Matemática,
Biologia ou Geografia em detalhe”, constatou.
O fato é que o assunto voltou à tona recentemente, quando o
Ministro da Educação, Aloízio Mercadante, mostrou disposição de mudar o ensino
médio, tornando-o mais multidisciplinar e integrado.
5 – Garantir escolas com
infraestrutura decente
Tem razão a garota Isadora Faber, de 13 anos,
que desde agosto ficou famosa ao denunciar a condição precária de sua escola
pela página no Facebook Diário
de Classe. É dela a foto ao lado.
Embora haja exemplos pontuais de professores que conseguiram
arrancar um bom desempenho de crianças e jovens em escolas em péssimas
condições, é unânime entre educadores, apoiados em pesquisas, que uma
infraestrutura adequada, com lousas e giz (ou caneta), instalações cuidadas e
carteiras, sem falta de materiais necessários ao aprendizado, acarretam em
melhor resultados dos alunos.
Acabar com a desigualdade entre escolas públicas bem cuidadas
e outras caindo aos pedaços, com falta de materiais, é dar oportunidades
equânimes aos brasileiros de todas as regiões.
Disponível em: http://canaldoensino.com.br/blog/45-sugestoes-para-melhorar-a-educacao-no-brasil Acessado em: 24-07-2014.
Karliana seria muito bom se essas sugestões fossem realizadas, mas... não é o que vemos atualmente neste cenário da educação Brasileira.
ResponderExcluirSeria muito bom para a educação se realmente fosse utilizadas essas sugestões para melhorar a educação mais infelizmente sabemos que em nossa realidade não acontece.
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